Oficina avalia projeto-piloto de cisternas nas escolas

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Brasília, 14 – O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) organizou nesta terça-feira (14), em Brasília, oficina de avaliação do projeto Cisternas nas Escolas, ação conjunta entre o MDS, o Ministério da Educação (MEC) e o governo da Bahia.

Durante o evento, o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Crispim Moreira, destacou que o projeto de cisternas é uma ação pública importante, que conta com investimento, estrutura formada, controle social e parcerias. “A cisterna faz parte da emancipação do Semiárido. É uma grande mobilização em torno do saber do sertanejo em beneficio dele próprio.”

O projeto-piloto Cisternas nas Escolas contempla atualmente 43 escolas de 13 cidades baianas, com 86 unidades destinadas ao armazenamento de água. Além disso, foram construídos sistemas de hortas em 26 escolas rurais, no intuito de promover a segurança alimentar e nutricional na região do Semiárido.

Para Crispim Moreira, o projeto se insere no contexto de soberania alimentar e de direito à alimentação. “O Cisternas nas Escolas é um programa que potencializa a busca pela soberania alimentar no Semiárido. A meta é universalizá-lo”, disse o secretário.

Atualmente, o projeto conta com investimento de R$ 5,2 milhões, sendo o MDS responsável por R$ 2,3 milhões, e beneficia municípios baianos com os mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH). Dessa forma, além das escolas, 811 famílias de crianças pertencentes a essas unidades educacionais estão sendo beneficiadas pelo projeto.

Beneficiários – No Cisternas nas Escolas, além de investir na construção das unidades, o MDS também apoia a capacitação e formação de professores, alunos e famílias. Durante a oficina de avaliação do projeto, representantes da sociedade civil relataram os benefícios que a tecnologia social de captação de água trouxe para população.

A representante dos pais de alunos de Central (BA), Rosângela Aragão, explicou que a construção das cisternas na escola mudou consideravelmente a realidade dos moradores. “Só de não ter que levar latas de água na cabeça já é um ganho. Nossa água agora tem qualidade e dá gosto de ver.”

Para a professora Gilza Gomes, da mesma cidade, a característica importante do projeto é trazer a discussão para dentro da sala de aula. Ela conta que todo o processo de implantação da cisterna é conversado com os alunos, num processo interdisciplinar. “Os professores levam o assunto para a sala. O aluno aprende desde a importância da água até como a cisterna a armazena.”

Central foi um dos municípios contemplados pelo projeto: recebeu 12 unidades. Com 16.792 habitantes, de acordo com o Pnud seu IDH é 0,614, um dos critérios considerados pelo Cisternas nas Escolas.

Além do MDS e do MEC, participaram da oficina o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza do Estado da Bahia, a Articulação do Semiárido (ASA), o Centro de Assessoria do Assuruá e o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).

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