Técnicos do MDS vão ao Paraguai colaborar na implantação de cisternas
Depois de técnicos do Paraguai visitarem o Brasil para conhecer a experiência brasileira de captação de águas de chuva para o consumo, será a vez dos especialistas do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) irem ao país vizinho fazer avaliação da região onde será implantado o programa de Cisternas.
A iniciativa faz parte de uma cooperação internacional do governo brasileiro. Serão implantadas inicialmente 50 cisternas na região do Chaco, que tem os mesmos problemas de recursos hídricos do Semiárido brasileiro.
A visita dos técnicos do MDS será do dia 6 a 10 de setembro. Os paraguaios estiveram no Brasil nos dias 5 e 6 de agostos. Dois engenheiros do Ministério da Saúde do Paraguai estiveram em Pernambuco. A visita começou na sede da Articulação no Semiárido (ASA), em Recife, parceira do MDS na execução do programa e uma das idealizadoras da implantação das Cisternas. Depois eles foram para o Município de Cumaru, região do agreste do estado, onde viram as cisternas implantadas nas casas das famílias.
O programa Cisternas começou em 2003 como solução de acesso a recursos hídricos para a população rural do Semiárido. Construída com placas de cimento, permite armazenar de 16 mil litros de água. Essa quantidade é o suficiente para o uso de uma família de cinco pessoas durante o período da seca (que pode durar até oito meses). Dessa forma, os moradores não precisam mais se deslocar por longas distâncias para buscar água em açudes, poços e barreiros. As cisternas de produção de produção tem capacidade para 50 mil litros.
O público das cisternas é formado por famílias de baixa renda que moram na área rural de municípios da região e que não tenham fonte de água ou meio de armazená-la adequadamente para o suprimento de suas necessidades básicas. Desde o início do programa, o MDS em parceria com a ASA já apoiou a construção de 296 mil cisternas, beneficiando 1,3 milhão de pessoas na região. Para 2010 está previsto o investimento de R$ 119 milhões na construção de mais 70 mil cisternas.