Comunidades potiguares melhoram de vida semeando agroecologia

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No semiárido do Rio Grande do Norte, uma cooperativa de apicultura não utiliza veneno, não queima áreas alteradas de regiões de mata (capoeiras) e promove o desenvolvimento dos apicultores de forma horizontal. Na mesma região, famílias de caprinocultores aprendem a cuidar dos animais sem utilizar remédios “para não levar à mesa do consumidor nada além do que não é cabra”. A agroecologia, que combina desenvolvimento socioeconômico por meio da agricultura com preservação do ecossistema, tem sido intensamente estimulada no Nordeste por projetos como o Semeando Agroecologia, que oferece apoio aos agricultores familiares das cidades potiguares de Touros, São Miguel do Gostoso, Pedra Grande, Apodi, Mossoró, Upanema, Caraúbas, Governador Dix-Sept Rosado, Baraúna, Campo Grande e Janduis.

Joaquim Pinheiro é membro da Rede Pardal, que reúne entidades de apoio a assentamentos e comunidades rurais do estado, e explica que a agroecologia vai além do estímulo ao desenvolvimento sustentável. “É uma alternativa que junta o conhecimento popular com conhecimento científico para um processo que consiga ter produtividade, melhoria de vida para as famílias e ao mesmo tempo convivendo de forma harmônica com o meio ambiente”.

Em Monte Alegre, um grupo de jovens passou a receber a visita de membros do projeto, que os ensinaram a implantar sistema de irrigação e a adubar suas hortas, melhorando muito a produtividade. “Em momento algum a gente utiliza agrotóxico”, conta Jocélia Maria, agricultora da cidade de Upanema.

O projeto oferece oficinas e intercâmbios para fortalecer a troca de conhecimentos locais e o melhoramento da produção e da comercialização, além de assessorar o próprio gerenciamento do negócio e a sua relação com a vida da família envolvida com a agricultura. O Semeando Agroecologia recebe apoio da ONG Agrônomos e Veterinários Sem Fronteiras (AVSF) e da União Europeia (UE).

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