ASA apresenta experiência de convivência com o Semiárido para países Latinos
A coordenadora da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA), Marilene Alves de Souza (Leninha), e o coordenador do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC), Jean Carlos, viajaram para Samaipata, na Bolívia, onde vão participar do Encontro Latinoamericano de Gestão Comunitária da Água.
O evento, que começa nesta quarta (11) e segue até sexta-feira (13), reunirá representantes de entidades públicas, privadas e da sociedade civil de vários países da América Latina como Paraguai, Equador, Guatemala, Peru e Equador, com o objetivo de gerar um espaço de intercâmbio das iniciativas em gestão comunitária de água nessa região.
A Articulação vai apresentar a experiência de convivência com o Semiárido aos representantes do Paraguai, Bolívia e Argentina, países que compõem a região do Chaco Sul Americano. Este momento faz parte de uma programação paralela organizada pela Fundação Avina, uma das apoiadoras do evento.
Para Leninha, a gestão descentralizada e a ação em rede são aspectos inovadores da experiência da ASA no contexto internacional. Por esse motivo, ela acredita que a Articulação é referência para outros países que enfrentam o problema da escassez de água em regiões Semiáridas.
“A oportunidade de articular organizações que já desenvolvem um trabalho no Semiárido [brasileiro] na perspectiva de pensar uma tecnologia comum na região é um elemento importante dentro desse desenho de rede. Além disso, a ação tem um formato de gestão descentralizada, democrática, na qual as organizações que fazem parte da rede não deixam de cumprir as suas funções e seus objetivos, mas elas os ampliam a partir dessa articulação”, afirma Leninha.
Além disso, está previsto outro encontro entre a ASA e a Avina onde serão discutidas a sistematização do trabalho da Articulação e a contribuição da Avina na disseminação dessa experiência na América Latina.
Sobre o Chaco – O Chaco é uma região com cerca de 1,3 milhão de quilômetros quadrados, sendo que 55% das terras estão em território argentino, 25% na Bolívia, 20% no Paraguai e 5% no Brasil (ao sul do Pantanal). Segundo o dicionário Wikipédia, a região caracteriza-se por ecossistemas e clima distintos, que variam do semiárido ao norte, próximo da fronteira com a Bolívia, e úmido no sul, próximo ao Brasil. A parte Semiárida do Chaco passa por processos de desertificação, a exemplo do norte da Argentina.
