ASA firma termo de parceria com a Cooperação Espanhola
Foi assinado na tarde de ontem (01/06), em Brasília, o contrato de parceria entre a Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) e a Cooperação Espanhola para a construção de 10.530 reservatórios de água de chuva para o consumo humano e para a produção de alimentos. Desse total, 8.727 serão cisternas domésticas, para consumo humano, 733 cisternas nas escolas e 1.080 reservatórios de água para a produção de alimentos.
No valor de 32,5 milhões de reais, o projeto será desenvolvido em nove estados do Semiárido (AL, BA, CE, MG, PB, PE, PI, RN e SE) e deverá ser concluído em nove meses. Os recursos são provenientes do Fundo Espanhol de Água e Saneamento, que apóia iniciativas na América Latina de acesso à água e saneamento básico para comunidades carentes.
Para Pedro Flores, coordenador-geral da Cooperação Espanhola, o objetivo desse Fundo é apoiar iniciativas que tenham escala, que possam atingir um grande número da população e, ao mesmo tempo, que seja uma tecnologia sustentável e replicável em outras regiões, em outros países. “No caso do Programa Cisternas, ele cumpria todos os requisitos. Ele permite melhorar a saúde, permite melhorar a produtividade das famílias e permite [que as famílias] convivam com a região em que vivem, que é o Semiárido”, explica o coordenador espanhol. [ouça depoimento completo]
Além da ASA e da Cooperação Espanhola, também fazem parte dessa ação o Instituto Ambiental Brasil Sustentável (IABS), organização social que desde 2005 coordena os projetos da Cooperação desenvolvidos no País, e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), que é a representação do governo brasileiro nessa parceria internacional. Segundo Luiz Tadeu Assad, diretor-presidente do IABS, “esse projeto assinado com a ASA vem atender a necessidade de acesso à água da população do Semiárido. Além disso, é um projeto agregador, que une diversos parceiros”.
Pedro Flores (esq) e Aldo dos Santos |
Para Aldo Santos, coordenador da ASA, esse projeto disponibiliza para outros países a experiência da ASA na construção de políticas públicas de acesso à água no Brasil. Mostra que é possível fazer política a partir da sociedade e que os governos, e também a cooperação internacional, podem se apropriar dessa experiência e expandi-la para que as famílias do mundo inteiro, que têm necessidade de água de qualidade, possam melhorar a sua condição de vida. [ouça depoimento completo