Sementes crioulas é tema de oficina na 3? Feira da Agricultura Familiar

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Como parte da programação da 3ª Feira Agricultura Familiar e Reforma Agrária do território do Sisal, que aconteceu de 19 à 21 de maio, em Serrinha-BA, foi realizada no dia 19 a oficina de sementes crioulas do território do Sisal. A atividade contou com a participação de agricultores e agricultoras familiares, integrantes das comissões municipais e beneficiários do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2).

A oficina começou com uma mística de abertura que usou símbolos representando a terra, a água, as sementes e os frutos como elementos principais para a convivência e a qualidade de vida no semiárido. Em seguida foi apresentado o vídeo Águas da Cidadania, que contribuiu para o início do debate.

Para Edcarlos Santos, técnico da APAEB Araci, as cisternas de consumo humano e a de produção levam autonomia para o agricultor. “Hoje dificilmente você vê a família carregando a água na cabeça. A água de tanque de barreiros é contaminada, a cisterna serve para a preservação da saúde da família, e agora com a cisterna de produção vamos garantir a água para o consumo animal e a produção de alimentos”, conclui.

Benício Carneiro, integrante da comissão excutiva do município de Queimadas, afirma que as implementações como cisternas, barragens, e a bomba popular têm ajudado na produção e criação de animais. “Para poder adquirir semente de qualidade, precisamos que as comunidades se mobilizem, se capacitem para questão da seleção e armazenamento da semente. Precisamos aprender a separar a semente”, sugere Benício.

Segundo o agricultor familiar José Ferreira, as empresas de sementes ganham com a dependência das famílias que não possuem as sementes nativas. “As grandes empresas incentivam a inserção de novas espécies, elas querem acabar com nossas sementes para todo ano você dependente e comprar a sementes deles”, afirma.

Diversas reflexões foram feitas durante os dois dias, através da experiência do banco coletivo de sementes da comunidade Canto, a exibição do filme Sementes da Paixão, e o momento marcado por conversas e troca de experiência mediada por Naidison Baptista, coordenador da Asa Brasil. Em uma de suas falas ele ressalta a importância de ensinar a tradição de guardar a semente para as novas gerações. “Além de curso de armazenamento, secagem, distribuição de silo, devemos plantar também a semente da cultura, a transmissão da cultura para crianças e jovens”.

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