Combate à desertificação é tema da Reunião Ampliada do Fórum Cearense Pela Vida no Semiárido
O Fórum Cearense Pela vida no Semiárido realiza Reunião Ampliada com o tema Combate à Desertificação. O encontro está acontecendo na cidade de Sobral desde ontem (22) e continua até a tarde desta sexta-feira (23), com representantes das microrregiões que compõem o Fórum.
Na abertura da reunião foi dada a notícia do assassinato do agricultor e comerciante José Maria Filho, líder comunitário da Chapada do Apodi e um dos autores das denúncias contra o uso de agrotóxicos na região Jaguaribana. Os participantes da reunião ficaram comovidos com a notícia, mas, afirmaram que não é motivo para desânimo. Alessandro Nunes, da Cáritas Ceará, falou da necessidade do fortalecimento da luta e disse que a morte de um líder comunitário não enfraquece a caminhada, mas fortalece.
Durante o primeiro dia da reunião, os debates giraram entorno da apresentação do estudo de caso – Universalização de Cisternas de placas no município de Forquilha, que fica a 15 quilômetros de Sobral. Forquilha tem atualmente 32 comunidades. Destas, oito receberam 430 cisternas e faltam 170 para fechar o processo de “universalização”.
Segundo os mobilizadores sociais, José Ronaldo de Souza, do Centro de Estudos e Apoio ao Trabalhador e Trabalhadora (CEAT) e Etevaldo Cavalcante, do Fórum de Forquilha, com o Programa Um Milhão de cisterna (P1MC) da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) muita coisa mudou na região, como por exemplo, a saúde e o processo de organização.
Assim como Etevaldo e Ronaldo, os representantes do Fórum acreditam no poder da mobilização. “A construção das cisternas abre para outras iniciativas de organização”, garante Cristina Nascimento, do Cetra e coordenadora da ASA pelo Estado do Ceará.
Neste último dia de reunião, o Fórum discute o tema do combate à desertificação, com o palestrante Paulo Pedro, do Caatinga/ASA Brasil.
