Caminhada do VII EncoASA leva centenas de pessoas as ruas de Juazeiro

Mais de mil pessoas de todos os estados do Nordeste e Minas Gerais participaram, na tarde de ontem (23), no centro de Juazeiro, da caminhada promovida pelo VII EncoASA – Encontro Nacional da Articulação no Semi-Árido Brasileiro. O movimento celebrou os 10 anos da Articulação, além de proporcionar uma avaliação e discussões sobre as novas perspectivas da convivência com o Semiárido dentro do atual contexto sócio-político e econômico do País com o tema ASA – 10 Anos Construindo o Futuro e a Cidadania no Semiárido.

De acordo com o coordenador nacional da ASA, Naidison Batista, a caminhada celebra as conquistas alcançadas pelomovimento, como o Programa Um milhão de Cisternas (P1MC). “Através do Programa foram construídas 340 mil cisternas são quase cinco milhões de litros cúbicos armazenados, não são concentrados, mas sim água dispersa, água utilizada para o consumo humano, o que proporciona melhorias nas condições de vida da população que vive no Semiárido brasileiro”, comemora Batista, no entanto ele lembra que ainda restam mais de setenta mil famílias sem água, “existem famílias sem terra, sem saúde, precisamos de políticas públicas que contemplem essa população, para terminar a exclusão em que vive o povo do Semiárido brasileiro”.

O coordenador da ASA Sergipe, Neviton José dos Santos, diz que o encontro é uma iniciativa de resgate de incentivo e aposta na permanência do agricultor no lugar onde ele vive de forma sustentável, mostrando para as pessoas que é possível viver no Semiárido se houver políticas públicas voltadas para a população. Ampliar o debate para a sociedade civil e atrair novos parceiros, este é o principal objetivo do evento, para o coordenador da ASA de Alagoas, Mardônio Alves. “A partir do encontro novas experiências são adquiridas para levar para o nosso estado. Aqui é um espaço de troca. Trazemos nossos saberes e sabores e experimentamos novas experiências. A ASA aposta no Semiárido e aposta que é possível sim viver no semiárido com dignidade, através de ações de enfrentamentos com ações sustentáveis”.

O Encontro, que acontece no Centro de Cultura João Gilberto, entre os dias 22 e 26 de março, proporciona aos participantes conhecer experiências de comunidades rurais, quilombolas, indígenas, agricultores e agricultoras familiares, organizações não-governamentais, cooperativas, sindicatos, federações, pastorais, de todo Semiárido, também será um espaço para debate sobre o Programa de Formação e Mobilização Social para a Convivência com o Semi-Árido e suas duas estratégias: o Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) e o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) e sobre outras experiências bem sucedidas que estão sendo desenvolvidas no Semiárido., os além de solicitar a elaboração de políticas públicas voltadas para a população do semi-árido.

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