Programa prevê água potável para 360 mil pessoas

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Poços artesianos de 500 localidades do semiárido pernambucano terão dessalinizadores instalados nos próximos seis anos, beneficiando 360 mil moradores de áreas rurais. É a meta do Programa Água Doce (PAD), desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com o governo estadual e municípios. A ideia é privilegiar áreas com maiores problemas ambientais e sociais relacionados à falta d’água. No entanto, a verba para o projeto, de aproximadamente R$ 65 milhões, ainda não está garantida pelo Estado.

A Secretaria de Recursos Hídricos de Pernambuco (SRH) apresentou ontem os objetivos do PAD. Como só o orçamento de 2010 só reserva R$ 2,5 milhões para a iniciativa, a SRH precisa buscar apoio com outras instituições. “Procuraremos o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), ministérios, Fundação Nacional de Saúde, entre outros”, disse o secretário de Recursos Hídricos, João Bosco de Almeida.

Com os dessalinizadores, 24,3% dos moradores do campo no Agreste e Sertão poderiam ter água para irrigação e consumo humano. “Hoje, 60% do solo do semiárido apresenta água salobra, pois é composto de rochas ricas em minerais, como cálcio e sódio”, explicou o coordenador nacional do PAD, Renato Ferreira.

Em dez desses reservatórios, será testado também um sistema que aproveita o rejeito da água tratada. O resíduo servirá para irrigar ervas, como o atriplex, que absorvem grande quantidade de sal e são usadas na alimentação de caprinos.

Cerca de 200 dos poços já possuem dessalinizadores, porém funcionam mal e precisam de manutenção. O PAD prevê a recuperação desses equipamentos. Se obtiver os recursos, o programa representará um custo de R$ 200 por beneficiário.

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