Meio Ambiente e Copenhague

Compartilhe!

As recomendações do Protocolo de Kyoto, firmado em 1997, de redução média de 5,5%, nas emissões que aumentam o efeito estufa, principalmente do dióxido de carbono (CO2), não foram atendidas pelos países signatários, sobretudo, pelos emergentes, como China, Índia, Indonésia, e também Brasil, que aumentaram suas emissões, ocupando, com os Estados Unidos e Rússia, os primeiros lugares como maiores emissores. Algumas exceções, para países da União Europeia e o Japão.

O assunto envolve elevada complexidade e discussão científica, quanto às causas do aquecimento terrestre e a quantificação dos efeitos climáticos, na temperatura, no degelo e no nível dos mares, mormente, agora, pela veiculação na mídia mundial de que as estatísticas, divulgadas pela ONU, foram, intencionalmente, agravadas por alguns cientistas, para aumentar a conscientização. Quanto às causas, alguns cientistas apontam a distância mutável entreo Sol e a Terra, decorrente do efeito do Big Bang; as crescentes explosões solares; os periódicos ciclos de esfriamento/aquecimento, que a Terra tem sido submetida e, finalmente, a contribuição humana.

Quanto aos efeitos, dados insuspeitos colhidos por satélite da Nasa atestam que a concentração de CO2, aumentou 22,5%, em cinquenta anos. O nível dos mares tem crescido, anualmente, em 3,3 milímetros, estimando-se, atingir o total de 3,3 centímetros, até 2020. A temperatura média (terra e mar) reduziu, até 1980, subindo, em 1998, para 0,54 graus, voltando a cair, para 0,41graus, em 2001 e, 0,32 graus, em 2008. A chamada camada de ozônio, que protege a Terra das radiações ultravioleta do Sol, tem sido recomposta, após o Acordo de Montreal (1987), para reduzir as emissões do gás CFC, utilizado em refrigeração.

Oportuno observar, o chamado Ciclo do Carbono nas trocas de CO2, entre as já depositadas na atmosfera (750 bilhões de toneladas) com as emitidas pelo solo terrestre, pela agricultura e os mares, observando-se, relativo equilíbrio. No tocante à emissão humana, pela queima de combustíveis fósseis, são enviadas, para atmosfera, cerca de seis bilhões de toneladas, anualmente, representando menos de 0,7% do total, já existente na atmosfera. A maior concentração de carbono reside no fundo dos oceanos (38 trilhões de toneladas), merecendo, sua exploração (Pré -Sal!), redobrada cautela.

Os sucessivos anúncios de metas (voluntárias) de reduções das emissões de CO2, pelos Estados Unidos, China, Índia e agora Brasil, merecem maior detalhamento, a fim de avaliar suas exequibilidades. Os Estados Unidos e a China, como maiores poluidores, já aplicam novas tecnologias que objetivam a progressiva substituição do combustível fóssil, pelas energias “limpas”, como solar, eólica e geotermal, ao lado, de veículos elétricos ou híbridos, além de tecnologia para “sequestrar” o CO2, nas emissões das usinas a carvão, responsáveis por 40% do total mundial, desse gás.

O Brasil concentra sua meta no necessário controle do desmatamento/queimadas, nas regiões da Amazônia e do Centro Oeste. Priorizando, no entanto, a temerária exploração do Pré Sal, d

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *