A agricultura em favor do desenvolvimento local

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Lançado pela Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA), o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) foi uma das três experiências de agricultura rural e urbana apresentadas nesta sexta-feira (27/11), último dia da 8ª Expo Brasil Desenvolvimento Local. Com vistas a garantir o aproveitamento e o manejo sustentável da água da chuva para a produção de alimentos, o Programa prevê a construção de tecnologias desenvolvidas e experimentadas pelos agricultores do semiárido, bem como a realização de visitas de intercâmbios e a sistematização de experiências comunitárias.

“Essas tecnologias são resultado do conhecimento e da experiência acumulada dos agricultores e agricultoras familiares. Por isso, o P1+2 visa reconhecer e valorizar os saberes tradicionais, incentivando processos participativos e de construção coletiva do conhecimento”, explicou o coordenador do programa, Antônio Barbosa.

Finalizada a fase demonstrativa, apoiada pela Fundação Banco do Brasil e pela Petrobras, o programa entra em uma nova etapa, conhecida como projeto piloto. Ele terá investimentos da ordem de R$ 15,5 milhões oriundos do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Os recursos serão aplicados na construção de 1.497 tecnologias, sendo 1.146 cisternas calçadão, 143 barragens subterrâneas e 208 tanques de pedra, beneficiando 3.369 famílias. Também serão inseridas ao escopo do projeto 500 bombas d'água popular (Bap), cuja construção deve beneficiar 6 mil famílias.

Um dos elementos centrais desta estratégia, segundo Barbosa, é o envolvimento dos próprios agricultores na difusão das tecnologias. “A formação de agricultores experimentadores tem o intuito de demonstrar que o produtor pode ser um pesquisador e um difusor de seus conhecimentos”, afirma. Na fase demonstrativa do P1+2, foram realizados 144 intercâmbios entre agricultores. Para o projeto piloto, estão previstos 26 intercâmbios interestaduais e 52 intermunicipais. “Agricultores produzem conhecimento e são portadores de experiência. Por isso temos trabalhado na formação de uma rede de agricultores experimentadores para que eles possam trabalhar como multiplicadores”, completa.

Para a execução do projeto piloto, a ASA contará com 13 Unidades Gestoras Estaduais (UGEs), que se debruçarão sobre 60 microrregiões do semiárido. A decisão pela implementação das tecnologias passará pela constituição, nas regiões prioritárias definidas pelas UGEs, de comissões municipais formadas por instituições associadas à ASA e agricultores destas localidades, realçando o papel estratégico das comunidades para o sucesso do programa. “Não é a ASA que decide o local exato de cada tecnologia. São os próprios agricultores daquelas comunidades, que participam do início até o final da implementação”, completou Barbosa.

Sistema Pais

Realizado atualmente com base em convênio entre Sebrae, Fundação Banco do Brasil e Ministério da Integração Nacional, incluindo tamb&ea

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