R$ 1,3 bi para pequeno produtor

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Fortaleza. Os recursos previstos para a agricultura familiar no semiárido brasileiro, em 2010, somarão R$ 1,3 bilhão por linhas de crédito do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). Desse total, R$ 200 milhões são para o Ceará, conforme informou o presidente da instituição, Roberto Smith, durante a abertura do Seminário Internacional “Agricultura Familiar, Soberania Alimentar e Sistemas Financeiros Rurais: desafios e oportunidades diante da crise”, realizado até amanhã no Hotel Gran Marquise, em Fortaleza. O evento é promovido pelo BNB em parceria com o Fórum de Finanças Rurais para América Latina e Caribe(Forolacfr).

O aumento dos recursos para financiamentos na agricultura familiar apenas reforçam as políticas públicas para o setor e colocam o Brasil, principalmente a região Nordeste, como um dos países de maior destaque para a produção agrícola campesina no âmbito internacional. As experiências apresentadas durante os três dias do seminário servirão de modelo para que países como México, Guatemala, Peru, Colômbia, Bolívia e Venezuela, por exemplo, incentivem e promovam políticas sociais para garantir melhores resultados no setor. Segundo Smith, o Brasil tem atraído atenção internacional para o setor e cada vez mais os programas têm apresentado resultados satisfatórios. Para o secretário nacional do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Adoniram Sanches Peraci, a expansão do crédito é uma das formas eficazes para promover o desenvolvimento econômico do País e que discutir a política de alimentos é uma forma de evitar que estes produtos sejam inflacionados em épocas em que a demanda for maior. “As pessoas estão se alimentando mais e com melhor qualidade. Então, é preciso que haja alimentos em grande quantidade, mas claro que se pensa na responsabilidade do meio ambiente, para ter produtos com qualidade também”.

De acordo com a presidente do Forolacfr, a mexicana Isabel Cruz, o Brasil tem mostrado que é possível reduzir o índice de pobreza das famílias do campo a partir de incentivos financeiros para a agricultura.

“O Brasil possui programas que não existem em outros países, como os programas de finanças solidárias e o Crediamigo, e estamos aqui para cooperar com troca de experiências”, diz a presidente da Forolacfr, completando que uma das propostas a serem levadas para o México é a criação de um ministério exclusivo para as questões relacionadas ao desenvolvimento agrário, ainda inexistente.

Um dos fatores para que haja mais incentivos financeiros está relacionado com a política de regularização fundiária. Na visão do titular da Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Ceará (SDA), Camilo Santana, sem o documento de propriedade da terra, o agricultor não recebe recursos.

Por se tratar de um evento em que as mudanças climáticas também estão em debate, o diretor de Gestão de Desenvolvimento do BNB, José Sydrião, mostrou dados alarmantes que mostram a diminuição das áreas destinadas à produção agrícola, com previsão para o ano de 2020.

Os dados mostram que produções de algodão, arroz,<

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