Mulheres do Semiárido vencem prêmio nacional de tecnologia social
A Rede de Mulheres para Comercialização Solidária foi a grande vencedora do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2009 na categoria “Participação de Mulheres na Gestão de Tecnologias Sociais”. O anúncio foi feito no último dia 24, em Brasília (DF), durante a cerimônia de premiação.
“Essa é uma conquista de todas as mulheres do Semiárido”, comemora a representante da Casa da Mulher do Nordeste, Marli Almeida, entidade que desenvolve o projeto, juntamente com a Rede de Mulheres Produtoras do Pajeú.
Segundo Marli a principal conquista desse projeto foi a quebra do isolamento das mulheres rurais. “Elas se fortaleceram para lutar pelos seus direitos e serem reconhecidas como produtoras e não como ajudante de seus maridos”, explica.
A autonomia financeira das mulheres é outra conquista. Segundo Marli Almeida as produtoras aumentaram em 100% a renda. “Antes, elas não tinham como comercializar seus produtos e tinham dificuldade de acessar crédito devido à burocracia e a dependência da assinatura dos seus maridos, que não assinavam seus projetos junto aos bancos oficiais”, contextualiza a representante da Casa da Mulher.
A Rede de Mulheres para Comercialização Solidária foi uma das oito tecnologias vencedoras desta edição. O prêmio de R$ 50 mil reais será investido na ampliação, ccc, ccc do projeto. Além disso, a iniciativa de Afogados da Ingazeira passa a integrar o banco de tecnologias sociais da FBB, onde estão disponíveis mais de 500 tecnologias sociais.
Projeto – A Rede de Mulheres para Comercialização Solidária articula 35 grupos de mulheres agricultoras e artesãs da periferia de Afogados da Ingazeira. Elas participam de capacitações em diversos temas como gestão e organização da produção, economia solidária, violência contra a mulher e agroecologia. Além disso, o projeto incentiva a participação das mulheres nos mercados solidários como as feiras agroecológicas e organiza uma loja, na cidade de Triunfo, onde sãos comercializados os produtos artesanais produzidos pelas mulheres.
A Rede também faz a gestão de um fundo rotativo solidário que empresta dinheiro sem juros para os grupos associados investirem na sua produção agrícola e não-agrícola. Toda a comercialização como o fundo rotativo é gerido pelas próprias mulheres que se reúnem semestralmente, em assembleia, para prestar contas, planejar as atividades e discutir alternativas para as dificuldades do trabalho.
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