Dessalinizador está quebrado

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Um dos vilarejos prestes a ser atendido pela operação Pipa, em Tauá, é o povoado Vila dos Marruás. “Aqui são 168 famílias. Aproximadamente 100 não têm cisternas”, explica o professor de Português da comunidade, Arioneles Alves, 30. A população conta com abastecimento de água salobra, captada a partir do poços, para atividades como banho. Já a seca das cisternas reduz a água potável, para beber e cozinhar.

Em Vila dos Marruás a comunidade conta com um dessalinizador. A água salobra, após passar pelo aparelho, é dividida entre os moradores. O problema é que o dessalinizador está quebrado há cerca de uma semana. De acordo com lideranças comunitárias, a peça foi comprada para o conserto, mas falta chegar um técnico de Fortaleza, em sete dias.

O conserto do aparelho e o envio de carros-pipa são soluções paliativas. “O que a gente queria mesmo era água boa, na torneira. Um dia o carro-pipa pode não chegar mais. Outro dia o dessalinizador quebra de novo”, reclama o agricultor Antônio Vitalino Filho, 56.

Com o dessalinizador quebrado a solução para a comunidade é apanhar água potável a dois quilômetros, num açude particular de outra comunidade. “Eu, pelo menos, pego de moto”, ressalta Antônio Vitalino.

O irmão mais novo, João Vitalino, 48, é o mais revoltado com a situação. “Ninguém aqui aguenta mais ver cara de político. Esse pessoal só vem aqui em eleição, dá tapinha nas costas de todo mundo e promete água, cisterna, tudo. Aqui em casa eles não entram mais. Entra até o Satanás, mas não entra político”, avisa.

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