Mais de 30 mil famílias do Semiárido do Piauí têm cisternas e governo está instalando água encanada com uma torneira e mangueira sobre a superfície a partir de um poço
No semiárido do Piauí, as pequenas casas,muitas delas sem reboco e mostrando os tilojos, têm ao lado pequenas estruturas na forma de um funil invertido, normalmente pintadas de branco. São cisternas construídas nas casas dos agricultores para captar a água das chuvas no período chuvoso para servir ao consumo humano e para regar as plantas dos quintais durante o resto do ano.
As cisternas foram construídas por vários programas governamentais como o Fome Zero ou de ONGs (Organização Não-Governamentais) como a Cáritas, vinculada à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), e outras do Programa de Construção de 1 Milhão de Cisternas,que tem o financiamento dividido com a Fenabran (Federação Nacional de Bancos).
A novidade é que em muitas localidades dos municípios do semiárido do Piauí o Governo do Estado está implantando sistemas simplificados de água encanada puxada de poços com caixas d'água. Nas casas, a água chega em apenas torneira e é distribuída por uma mangueira colocada sobre a superfície.
O sistema é simples, mas funciona.
A coordenadora do Programa de Convivência com o Semiárido do Piauí, Lúcia Araújo, disse que no Estado já existem mais de 30 mil famílias com cisternas em suas casas. Ela disse que o Governo do Estado mobiliza várias fontes para viabilizar a construção das cisternas, principalmente pelo Programa de Combate à Pobreza Rural (PCPR).
“O Governo do Estado está ampliando com recursos próprios a expansão desse trabalho”, declarou Lúcia Araújo. “O Governo Federal, o Governo do Estado,os Governos Municipais e a sociedade civil estão participando do esforço de ampliar a construção de cisternas no semiárido. O governador Wellington Dias entendeu que ao encerrar o mandato tem que dar uma acelerada maior na construção de cisternas para deixar uma meta cumprida”, afirmou Lúcia Araújo.
No início da administração de Wellington Dias, em 2003, foi traçada a meta para que fossem construídas 60 mil cisternas. “Com o avanço da acelerada dá para cumprir essa meta até o final do Governo do Estado”, declarou Lúcia Araújo.
Ela disse que a captação de água para o consumo humano por cisternas beneficiou principalmente a regiào de São Raimundo Nonato, que é a mais crítica e seca. Lúcia Araújo declarou que a política de distribuição de água potável para o consumo humano do Governo do Estado é mais ampla com a construção da Adutora do Garrincho, de aproveitamento das águas da Barragem Petrônio Portella, em São Raimundo Nonato, e outros sistema de abastecimento.
“A cisterna foi uma das alternativas”, disse.
Outro território crítico é o do Vale dos Guaribas, onde ficam os municípios da região de Picos. O Governo do Estado ampliou o sistema de distribuição de distribuição de água com adutoras, como a da Barragem de Marruá, em Patos, e dos sistemas implantados pelo Prosar, que funciona dentro da Secretaria Estadual de Saúde implementando rede de di