IV Cavalgada Ecológica da Sub-Bacia do Rio dos Cochos
“Fico feliz de ver que hoje temos uma cavalgada dessas com a presença de tantas pessoas, de crianças a idosos”, comemora Antônio Justiniano, morador da comunidade Sambaíba, em Januária. Toninho, como é conhecido, faz parte da Associação dos Usuários da Sub-Bacia do Rio dos Cochos (ASSUSBAC) e comenta sobre a IV Cavalgada Ecológica da Sub-Bacia do Rio dos Cochos, que aconteceu no último domingo, 22, nas comunidades por onde passa o rio, no município de Januária.
A cavalgada reuniu pessoas das oito comunidades que fazem parte da sub-bacia: Sumidouro, Sambaíba, Mamede, Roda D’Água, São Bento, Baruzeiro, Bom Jantar, todas no município de Januária, e Cabeceira dos Cochos, no município de Cônego Marinho. O evento também contou com a presença da secretária de educação de Januária e de um representante da secretaria de saúde do município.
Com o objetivo de resgatar a tradição das cavalgadas, reivindicar políticas públicas, trabalhar a educação ambiental e contextualizada e refletir sobre a situação do rio dos Cochos, o evento se diferencia das outras cavalgadas que acontecem na região. Para Toninho, as necessidades das comunidades são as mesmas, por isso “é preciso que as pessoas se unam e se organizem, para reivindicar e ocupar os espaços de poder”.
Jacy Borges, outro integrante da ASSUSBAC, conta que a Associação quer firmar parceria com a prefeitura, para que projeto continue mesmo com a mudança de gestão.
“Levamos muito tempo para degradá-lo e para recuperar também levará um bom tempo”, explica.
A cavalgada contou com a parceria da Cáritas Diocesana de Januária, da Universidade Federal de Lavras (UFLA), através do grupo PPJ, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), através do Núcleo de Ciências Agrárias de Montes Claros; do Grupo de Mulheres da Comunidade São Bento e das associações comunitárias da sub-bacia do rio dos Cochos.
Comunidades apontam os caminhos
Em sua quarta edição, a cavalgada da Sub-Bacia do Rio dos Cochos foi marcada por manifestações e reivindicações das comunidades que fazem parte da sub-bacia. Neste ano, além da questão da recuperação do rio, as reivindicações se concentraram no tema da educação.
A Escola Estadual Faustino Pacheco está fechando por falta de alunos. Ela fica na comunidade São Bento, mas é vinculada a escola estadual da comunidade Bom Jantar. Jacy, que é morador do São Bento, acredita que o motivo é a falta de unidade entre as comunidades. “Cada pessoa coloca o filho em uma comunidade e a escola do São Bento está ficando sem alunos”, afirma. Ele também falou da dificuldade do transporte escolar. “Temos transporte escolar, mas por causa das estradas ruins é comum os alunos irem pra aula e voltarem a pé”.
A falta de apoio do município para a Escola Família Agrícola também foi questionada. José Antônio Rodrigues, presidente da (Associação Escola Família Agrícola<