Rede de Comunicadores do FCVSA: Por uma Comunicação Social

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Os movimentos sociais populares e as organizações da sociedade civil, já há muito perceberam a importância da comunicação. Precisam dessa ferramenta para disseminar seus discursos, garantir visibilidade, pressionar o poder público e conquistar apoio para as muitas lutas. Porém, algumas vezes, mesmo em se tratando de instituições e coletivos que trabalham pela construção de uma sociedade alicerçada em valores mais humanos, a comunicação ainda se faz de maneira vertical; não significa que seja autoritária, mas a produção de conteúdos ainda se realiza de forma centralizada. 

O Fórum Cearense pela Vida no Semiárido (FCVSA), que está completando 10 anos de vida, gestou, no ano de 2008, uma iniciativa ousada e valiosa rumo a uma comunicação construída e pensada de forma horizontal; a criação de uma Rede de Comunicadores. O primeiro encontro da Rede aconteceu em Novembro de 2008, no município de Crato. A participação não era limitada àqueles/as que já atuavam diretamente na área ou possuíam algum conhecimento formal sobre o tema. Entendendo que cada um/a é um/a comunicador/a popular, participaram do evento, animadores de campo do P1+2, membros de sindicatos, pastorais sociais e das diversas instituições que compõem o Fórum. Na ocasião se discutiu a importância da produção descentralizada de conteúdos, para quem se deseja comunicar e o que, a metodologia e as estratégias a serem utilizadas, entre outros assuntos. 

Como algumas vezes acontece, os muitos afazeres cotidianos terminam por “esfriar” os sonhos e iniciativas. Foi o que aconteceu. Mas a chama não se apagou completamente. A sensação é de que era preciso fortalecer os “punhos” e “balançar” essa Rede. Então, durante os dias 01 e 02 de Outubro, se realizou o segundo Encontro da Rede de Comunicadores, na microrregião de Itapipoca. Tinha gente que esteve no Crato e estava firme e forte em Itapipoca, e tinha também gente nova e muito animada para abraçar uma tarefa nada fácil, mas possível.   

O Encontro contou com representantes das microrregiões de Sobral, Itapipoca, Ibiapaba, Fortaleza, Sertão Central, Inhamuns, Cariri e Vale do Jaguaribe. Depois de entrar no “túnel do tempo” e relembrar o que aconteceu no primeiro Encontro, partiu-se para a discussão da comunicação para além dos meios de massa. Foram abordados o conceito, a trajetória histórica e as características da comunicação popular alternativa e da mídia radical, no intuito de permitir maior embasamento e elementos para que cada microrregião pudesse construir seu plano de comunicação. Quando o tema é comunicação não dá pra se esquivar de fazer uma leitura critica da mídia massiva. Os participantes fizeram de forma primorosa essa leitura, provando que a passividade do receptor, como ainda acreditam alguns, está muito longe de ser real.

Já que o primeiro dia se dedicou à teoria, o segundo priorizou a prática. Para tornar mais clara a discussão em torno da comunicação popular alternativa, o evento contou

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