Políticas públicas para o meio rural são debatidas durante encontro

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Após um dia e meio de debates e trabalhos em grupo, onde foram levantadas questões sobre a importância do intercâmbio, das sistematizações e da construção do conhecimento, agricultores e agricultoras compartilharam suas expectativas e preocupações relacionadas a implementação das políticas públicas no Semiárido com os representantes do governo federal, durante a plenária realizada na tarde de ontem (22). Intitulada ‘A construcão do conhecimento agroecológico para a convivência com o semiárido e as políticas públicas’, a plenária reuniu os  coordenadores  executivo da Articulação no Semi-Árido (ASA ) , Luciano da Silveira  e Valquíria Lima e os representantes dos ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e do Desenvolvimento Agrário (MDA), Crispim Moreira e Adoniran Sanches, respectivamente.
 
A interrelação entre as ações dos agricultores e agricultoras com as políticas públicas de segurança alimentar e de assistência técnica, principal objetivo desse momento, foi apontada tanto pelos gestores públicos como pelos participantes do encontro como essencial para o desenvolvimento sustentável  do Semiárido . “Não é apenas implementar uma política, mas fazê-la acontecer. Principalmente na conjuntura que vivemos, de privatização da terra, da água, das sementes”,  falou o coordenador executivo da ASA, Luciano da Silveira.
 
O coordenador da ASA afirmou que  não há como discutir o tema agroecologia e políticas públicas sem falar da nova relação entre Estado e sociedade; do diálogo entre a pesquisa, o ensino e a extensão; e da agroecologia como ponto de partida para um projeto de desenvolvimento. “Ao longo dos anos, o papel nato da agricultura familiar de base agroecológica, que é produzir e disseminar conhecimento, vem sendo fortalecido. Os agricultores se reconhecem cada vez mais como atores relevantes na construção do conhecimento e ,  consequentemente, na construção de políticas públicas para o Semiárido”, destaca.

Para o secretário de agricultura familiar do MDA, Adoniran Sanches, falar de políticas públicas que envolvam a agroecologia e, consequentemente, os agricultores familiares é romper com o imaginário que vem sendo reforçado há séculos, de que bom é o cultivo em grandes áreas, voltado para exportação. “Quem põe a comida na mesa dos brasileiros são os agricultores familiares e não os grandes produtores, que comercializam para fora do País”, destaca.

Sanches acredita que, na medida em que o governo compreende o conceito de convivência com o Semiárido, ele ajusta as políticas públicas de forma que o povo dessa região possa usufruir dos benefícios. “Ouvimos aqui o relato dos próprios participantes do evento, dizendo que acessam o PAA [Programa de Aquisição de Alimentos], as cisternas, o Pronaf e o Bolsa Família. Essas são políticas que já estão no dia a dia dos produtores agroecológicos, mas acessar não é o suficiente”. Ele explica que mais do que o acesso é impor

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