Segundo dia do VII Encontro do Fórum Cearense é marcado por visitas

As visitas foram organizadas a partir dos eixos temáticos: Agroecologia, Gênero, Juventude Rural, Acesso à Terra e à Água, Construção do Conhecimento e Economia Solidária. Durante o intercâmbio, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer as experiências bem-sucedidas desenvolvidas nas comunidades Lagoa dos Cavalos, no Município de Russas, e Catingueirinha, no município de Potiretama, e Aracati. 

Na parte da tarde, os participantes do Encontro se deslocaram até a Comunidade Peixe onde aconteceu a audiência pública em apoio às comunidades afetadas pelo projeto Tabuleiro de Russas.

Na ocasião, foram discutidas as negociações com o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), com a presença de Elias Benevides, fiscal de obras do órgão.  As problemáticas enfrentadas pela comunidade também foram levantadas, entre elas, falta de diálogo com o DNOCS, desrespeito às pessoas da comunidade com o avanço das construções, entre outros.

Os moradores aproveitaram o momento para reafirmar que desejam permanecer na comunidade e que faz parte de sua luta, a garantia de um “pedaço de terra” para plantar e sobreviver.

Foi também cobrado na audiência a presença do diretor-geral do DNOCS, que em outras reuniões e audiências com a comunidade, sempre mandou como seu representante o fiscal de obras, Elias Benevides.

Na audiência, estava presente também, o procurador público de Limoeiro do Norte, Luiz Carlos, que dentro das colocações e indagações feitas pelos participantes, disse que a comunidade pode marcar uma reunião com o diretor do DNOCS em Fortaleza, já que este não comparece às reuniões que acontecem na comunidade.

Os participantes do Encontro Estadual na audiência manifestaram a indignação pela forma como está acontecendo a implantação do projeto com faixas, músicas e falas. No final, a representante do Estado do Ceará na Coordenação Executiva da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), Cristina Nascimento, ressaltou que o Fórum Cearense Pela Vida no Semiárido está apoiando a luta da comunidade e que esta não deve cruzar os braços, mas continuar lutando e que este é o verdadeiro papel das pessoas enquanto  Fórum.

A noite deste segundo dia foi encerrada com uma confraternização, com comidas típicas da região e forró.