Agricultores e agricultoras do Norte de Minas participam de intercâmbio no sertão pernambucano
“A televis-o s? mostra a parte ruim do nordeste, terra cheia de pedra, esburacada, vaca morta, criancinha passando fome. Foi uma surpresa quando pisei neste terreno”. Assim Hon?rio Dourado, t+cnico do Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas (CAA-NM), definiu a visita que fez a um sistema agroecol?gico em Ouricuri/PE. Ele e mais 48 agricultores/as e representantes de organiza++es da sociedade civil mineira conheceram experi+ncias em comunidades rurais no sert-o de Pernambuco.
Com a proposta de conhecer as formas de conviv+ncia com o Semi+rido pernambucano e levar as experi+ncias realizadas em sua regi-o de origem, a caravana partiu para Ouricuri e Afogados da Ingazeira, visitando experi+ncias apoiadas pela Articula+-o no Semi+rido Brasileiro (ASA), entre os dias 14 a 19 de abril.
Em Ouricuri, visitaram sistemas agroecol?gicos, agrofloresta, cria+-o de caprinos, estoque de forragens e as tecnologias da cisterna-cal+ad-o, barragem subterr+nea e o barreiro lonado, este +ltimo uma novidade para a maioria. Tamb+m conheceram o trabalho do grupo de mulheres, a unidade de beneficiamento de mel e a experi+ncia de educa+-o contextualizada da Escola Municipal da Agrovila Nova Esperan+a.
O agricultor pernambucano Ad-o de Jesus Oliveira, j+ participou de visitas de interc+mbio que foram importantes para fortalecer o seu trabalho. “A visita + como uma inje+-o de +nimo para continuar e aumentar nossas atividades”, complementou.
Isabel de Jesus Oliveira, professora na Agrovila, ressaltou a import+ncia do interc+mbio. “Quando voc+ desenvolve um trabalho isolado + mais dif+cil ter sucesso, mas se mais pessoas visualizam este trabalho, ele tem mais chance de dar certo”, afirmou.
Em seguida, a caravana chegou a Afogados da Ingazeira, onde participou da feira agroecol?gica, trocando saberes e expondo pe+as de artesanato. O grupo visitou um biodigestor que despertou a aten+-o, pois poucos conheciam esta tecnologia.
Os/as visitantes conheceram ainda a +rea produtiva de Seu Ivan, no S+tio Bom Sucesso, em S-o Jos+ do Egito. O grupo viu experi+ncias como a barragem subterr+nea, a energia solar utilizada para a irriga+-o, pr+ticas agroecol?gicas e a irriga+-o diversificada.
Pedro Monteiro, agricultor da comunidade Videu Velho, em Afogados da Ingazeira, acredita que as visitas e as pr+ticas comunit+rias servem para descobrir que a uni-o faz a for+a. “Ningu+m + ningu+m sem ningu+m”, conclui.
Na despedida, houve uma troca de sementes nativas com as fam+lias que recebiam a caravana. As ind+as Xacriaba, de S-o Jo-o das Miss+es/MG, fizeram uma homenagem ao Dia do -ndio, com cantos e dan+as t+picos da cultura ind+gena.
As diferen+as entre o Semi+rido mineiro e o nordestino fazem com que a ASA Minas pense em formas de adaptar as tecnologias realizadas no Nordeste para a realidade da sua regi-o. O Sindicato de Porteirinha pretende adaptar o biodigestor, agricultores/as querem desenvolver o barreiro lonado, eles/as trouxeram sementes e muitos/as voltaram refletindo sobre seus sistemas produtivos.
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