Cultura é destaque na V FERAPI
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Quem passou pela Pra+a Pedro II, em Teresina, Piau+, entre os dias 18 e 21 de novembro, percebeu o clima de cultura. Foram rodas de capoeira, vendas de produtos agr+colas e artesanais, lan+amento de livros, mostra de v+deos e diversas formas de manifesta+-o cultural dos povos extrativistas, das quebradeiras de coco, das comunidades quilombolas, dos agricultores e das agricultoras familiares que participaram da V Feira Piauiense de Produtos da Reforma Agr+ria e Comunidades Quilombolas + FERAPI.
Reunindo um p+blico de aproximadamente mil pessoas, a V FERAPI teve como tema “Policultura e Educa+-o”, que visou discutir os aspectos pol+ticos, econ-micos, ambientais e culturais al+m das v+rias viv+ncias e m+ltiplos olhares sobre o assunto. Foi um espa+o de levar o conhecimento da comunidade, o significado e o impacto de reforma agr+ria para a economia local do Estado.
A C+ritas Brasileira Regional do Piau+ foi uma das parceiras do evento e contribuiu com a comunica+-o da feira e discuss+es em quatro importantes momentos. Na mesa redonda sobre policultura, a coordenadora pedag?gica da C+ritas, Hort+ncia Mendes, aprofundou os aspectos socioecon-micos da policultura. “A policultura, ao longo dos anos, foi perdendo for+a para a monocultura que + fortalecida pelo capitalismo e acelerada pela globaliza+-o que provoca, na sociedade, o aumento da padroniza+-o do consumo”, disse Hort+ncia.
Ela tamb+m acrescentou que o capitalismo criou a divis-o das rela++es de trabalho no meio urbano e rural, pois dividiu os pap+is, ou seja, “existem aqueles que produzem e os que comercializam; os que realizam trabalhos bra+ais e os que desenvolvem trabalhos intelectuais e isso provocou uma mudan+a nas rela++es”, mas explica que acredita na capacidade do ser humano em superar essas condi++es e “buscar uma vida coletiva e feliz”.
Num segundo momento, o assessor t+cnico da C+ritas, Jo-o Evangelista, participou de uma mostra de v+deos sobre a conviv+ncia com o Semi–rido apresentando a v+deo-carta do projeto Fecunda+-o. Essa + uma proposta de carta coletiva elaborada pela comunidade, na qual as fam+lias do munic+pio piauiense de Coronel Jos+ Dias contam, atrav+s de depoimentos, a realidade em que viviam no munic+pio e as mudan+as provocadas pelo projeto.
Jo-o considera que a pr?pria mostra de v+deo + um processo de mobiliza+-o para a conviv+ncia harmoniosa com o Semi–rido. “Aqui as pessoas est-o discutindo e assistindo a experi+ncias positivas de fam+lias que moram no Semi–rido piauiense. Isso representa o primeiro passo de um processo de mobiliza+-o para a conviv+ncia harmoniosa com a regi-o”, afirmou.
“No Semi–rido apagou-se aquela imagem de seca e terra rachada e o v+deo mostra justamente isso”, ressalta Jo-o Evangelista. E acrescentou o empenho da C+ritas em “trabalhar com toda a capacidade institucional para desenvolver um projeto de educa+-o contextualizada e conviv+ncia com o Semi–rido junto -s fam+lias e escolas piauienses”.
Para Codorcel Ribeiro, do assentamento Marrecas, no munic+pio de S-o Jo-o do Piau+, a discuss-o foi muito positiva, pois defendeu uma educa+-o contextualizada no +mbito local. “Acredito que + necess+rio realizarmos mais discuss+es como essa, entendermos como esse processo contextualizado pode chegar -s nossas comunidades. + necess+rio que os governantes trabalhem com a realidade dos munic+pios, fortalecendo a presen+a da comunidade em sala de aula+, disse Codorcel.
O Semi–rido tamb+m foi destaque com o tema Educa+-o Contextualizada discutido no semin+rio “Educa+-o: m+ltiplos olhares, m+ltiplas viv+ncias” no qual foi mostrada a necessidade de uma educa+-o desenvolvida e integrada entre o professor, a fam+lia e a escola, ou seja, “o professor deve ouvir o conhecimento das comunidades, a cultura das fam