Qualidade da merenda escolar interfere no rendimento do aluno
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O principal objetivo do alimento + fornecer ao corpo os nutrientes necess+rios tanto para fun++es fisiol?gicas, como bioqu+micas. Ou seja, alimento + sin-nimo de energia. Sem ele, n-o h+ vida. Isso significa que o bom funcionamento do organismo est+ diretamente relacionado – qualidade dos alimentos que a pessoa consome.
Para que uma crian+a possa exercer suas atividades, entre elas, estudar, + fundamental que ela tenha ent-o uma alimenta+-o rica em carboidratos, principal fornecedor de energia. +O c+rebro s? usa carboidrato como fonte de energia. Ent-o, se faltar energia no c+rebro, n-o h+ aprendizagem. Ent-o quanto mais variado for o card+pio e quanto mais nutrientes, e normalmente alguns nutrientes est-o presentes nos alimentos in natura, maior vai ser o aprendizado dessa crian+a+, explica a nutricionista e coordenadora t+cnica de alimenta+-o e nutri+-o do Programa Nacional de Alimenta+-o Escolar (PNAE), Eliene Ferreira de Sousa.
A nutricionista orienta que para estimular o aprendizado a merenda deve conter alimentos ricos em magn+sio, c+lcio e ferro. Esses nutrientes est-o presentes nas carnes vermelhas, no leite, em vegetais verde-escuros e no f+gado. Para garantir uma merenda balanceada e promotora de sa+de nas escolas p+blicas, a legisla+-o prev+ que o card+pio escolar seja elaborado por um nutricionista, inclusive, respeitando os h+bitos alimentares locais e a cultura dos alunos.
Segundo Edineide Sousa, 70% dos munic+pios brasileiros t+m nutricionista. Al+m de montar o card+pio, eles s-o respons+veis por outras atividades, como fazer avalia+-o nutricional dos alunos e acompanhar a qualidade da fabrica+-o do alimento que vai ser servido.
Recurso – Atualmente, o PNAE conta com um or+amento anual de R$ 1,6 bilh-o. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa+-o (FNDE), respons+vel pela merenda escolar, repassa o recurso em 10 parcelas para as secretarias de educa+-o municipais e estaduais, que podem optar por comprar os g+neros aliment+cios e entregar nas escolas ou enviar o recurso direto para as unidades de ensino fazerem a aquisi+-o dos produtos.
O montante destinado – merenda escolar + proveniente de uma a+-o or+ament+ria chamada Apoio – Alimenta+-o Escolar na Educa+-o B+sica, que est+ dentro do Programa Brasil Escolarizado. O governo federal repassa R$ 0,22 para o aluno regular e R$ 0,44 para os estudantes de escolas ind+genas e remanescentes de quilombos.
Os munic+pios e estados tamb+m podem entrar com uma contrapartida. No entanto, na maioria dos casos isso n-o acontece. Sem esse apoio n-o + poss+vel garantir uma alimenta+-o de qualidade e em quantidade suficiente, pois h+ casos, por exemplo, em que + necess+rio que os alunos se alimentem duas vezes durante o per+odo em que est-o na escola.
+Por exemplo, se eu fosse uma nutricionista que atuasse numa escola rural e soubesse que meus alunos iam ficar duas horas dentro do -nibus ou no lombo do cavalo para chegar – escola, muito provavelmente eu ia decidir que essa crian+a fizesse duas refei++es: um caf+ da manh- na chegada, e um lanche ou uma refei+-o refor+ada ao sair porque ele vai passar mais duas horas at+ chegar em casa+, explica Edineide.
Al+m de ser pouco, esse recurso -s vezes nem chega at+ as escolas. Quem j+ n-o viu na televis-o mat+rias denunciando situa++es em que os alunos est-o sem livro e merenda escolar? H+ v+rios casos de desvio de dinheiro da merenda por parte dos gestores p+blicos.
Com o Projeto de Lei da Alimenta+-o Escolar (PL 2877/2008), que est+ no Senado para aprova+-o final, essas irregularidades poder-o estar no fim. O projeto prev+, entre outras coisas, a puni+-o do gestor envolvido com desvio de dinheiro. +Est+ previsto tamb+m no texto [do projeto] que caso o munic+pio seja penalizado, ele n