P1+2 implementa barragem subterrânea em Arneiroz-CE
Hoje (05/11) e amanh- (06/11) dez agricultores e cinco t+cnicos concluem e avaliam a Oficina de Barragem Subterr+nea do Programa Uma Terra e Duas -guas (P1+2) na comunidade Pedra Vermelha, munic+pio de Arneiroz-CE (distante 400 km de Fortaleza). + o fechamento de um per+odo de dez dias de forma+-o e da constru+-o de uma barragem que beneficiar+ 15 fam+lias da localidade.
A oficina teve car+ter inter-regional, abrangendo os estados do Piau+, Rio Grande do Norte e Cear+, com o prop?sito de capacitar multiplicadores da tecnologia. Os participantes ser-o os respons+veis por fazer a marca+-o e constru+-o das barragens subterr+neas previstas no Programa para seus estados. No Cear+ ser-o constru+das dez.
As barragens subterr+neas s-o uma boa solu+-o para o Semi- -rido porque permitem a capta+-o e o armazenamento de +gua das chuvas debaixo da terra, sem inundar +reas de plantio. T+m baixo custo de constru+-o, particularmente quando existe possibilidade de realizar a escava+-o da vala em regime de mutir-o.
O pedreiro Luis Francisco, de Tiangu+-CE, constatou que construir a barragem +foi mais simples, mas n-o foi mais f+cil+. Ele participou de outra forma+-o do P1+2, na tecnologia de cisterna cal+ad-o, em Poranga-CE. +A barragem subterr+nea precisa ser feita com aten+-o porque ela + adapt+vel para cada lugar+.
+Tem que ter muito cuidado. Mas a oficina foi uma coisa muito importante, porque aqui vai servir de espelho para o munic+pio+, afirmou a agricultor Jos+ Paes, um dos agricultores da comunidade diretamente envolvido na implementa+-o. Z+lia Carlos, esposa de Paes e m-e de um filho, acredita que o benef+cio vai mudar a vida da comunidade, bastante prejudicada nos per+odos sem chuva. +O que a gente planta, o feij-o e o milho, -s vezes n-o d+ nem para o nosso alimento e aqui todo mundo + muito pobre+, revela.
CASO EXTREMO
Em Pedra Vermelha os participantes da oficina encontraram alguns desafios. +Nessa aprendizagem a gente encontrou um caso extremo+, confessa Josivan Ant-nio da Silva, agricultor de Cara+bas-RN. O local ideal para constru+-o da tecnologia precisa ter forma de +U+, onde as laterais apresentem pouca profundidade at+ o terreno imperme+vel. Quando come+aram a cavar no local, perceberam que o terreno possuia v+rias irregularidades.
+Quando a gente pensou que estava no ponto de construir, foi onde come+ou o servi+o. Tinha muita loca no ch-o que tivemos que fechar tudo+, resume Francisco Chaguinha, de Pedro II-PI. +Mas todas as dificuldades foram superadas e conseguimos encontrar a impermeabilidade que era preciso+, ressalta Josivan.
A barragem subterr+nea faz subir o n+vel do len+ol de +gua, possibilitando sua utiliza+-o para consumo humano e para plantios tradicionais, como milho e feij-o, ou produ+-o de frutas. Outra vantagem + que a barragem subterr+nea evita a eros-o, uma vez que diminui a quantidade de +gua que escorre pela superf+cie, “lavando” o solo.
Para Jos+ Raimundo de Oliveira, de Carnaubal-CE, + uma prote+-o a mais para o meio ambiente. +Ao inv+s de estar retirando +gua de m+ qualidade para aguar a planta, aproveitamos a pr?pria +gua sem deixar ela sumir na pr?pria terra+, explica.
+Quando chegarmos nas nossas cidades, seremos multiplicadores. Mais ainda, seremos agentes de transforma+-o, porque se a gente quer mudar a realidade do Semi- -rido tem que mudar a cultura de produ+-o+, avaliou Josivan.
METODOLOGIA
A atividade foi facilitada pelo t+cnico agr+cola e agricultor agroflorestal Chico Ant-nio. Foi dividida em sete momentos, sendo o primeiro a acolhida, onde houve a apresenta+-o coletiva dos participantes e dos organizadores; o segundo, conhecendo a articula+-o da sociedade civil, contou com a apresenta+-o do P1+2, da Articula+-o do Sem