Participantes de Conferência apontam linhas para ações de organizações e movimentos populares
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Sobradinho (26) + Os mais de 200 participantes da Conferência dos Povos do São Francisco e do Semi-Árido iniciam o segundo dia de trabalhos com a contextualização da região semi-árida brasileira e da Bacia do rio São Francisco. Na programação, a primeira rodada de trabalhos em grupo deve indicar estratégias para reforçar a ação das organizações sociais e movimentos populares.
A Contextualização do Semi-Árido foi feita por Manoel Bonfim, engenheiro civil, especialista em geologia e hidrologia, ex-diretor regional do DNOCS e Codevasf; Luciano Silveira, da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) e José Santana, do Movimento dos Pequenos Agricultores(MPA).
+O Semi-Árido brasileiro tem água demais+, disse Bonfim ao afirmar que +30% das águas barradas no Brasil+ estão localizadas nessa região e que o projeto de transposição é desnecessário. Ele afirmou ainda que, na verdade, com a mega obra, o governo federal deve retirar +dois bilhões de metros cúbicos, por segundo, ao ano+.
A mesa sobre o São Francisco foi formada por representantes da Articulação Popular do São Francisco e por representantes de povos tradicionais, como os indígenas, quilombolas e pescadores. Os dois momentos foram seguidos por debates abertos na plenária. As atividades continuam durante a tarde, quando inicia o primeiro trabalho em grupo com o tema +Os desafios e propostas para o São Francisco e para o Semi-Árido+.
O bispo da Barra (BA), Dom Luiz Cappio, chegou ainda pela manhã e durante a abertura dos trabalhos do dia disse que estava contente em rever algumas pessoas +em um momento tão importante+. À noite, ele fará uma celebração na Capela São Francisco. O local é o mesmo onde, entre novembro e dezembro do ano passado, o frei fez 24 dias de jejum contra o projeto de transposição de água do São Francisco. Ele participa da Conferência até o final da programação.
No final da manhã a ex-senadora Heloísa Helena (PSOL) chegou à Conferência e deve participar durante todo o dia.
Participantes
As mais de 200 pessoas são de 13 estados (AL, SE, PE, BA, PB, RN, PI, CE, MG, RJ, SP, GO e PR) além do Distrito Federal e outros dois países, Alemanha e Argentina.
Entre as entidades representadas estão os Movimentos dos Pequenos Agricultores (MPA), dos Atingidos por Barragens (MAB), das Mulheres Camponesas (MMC) e dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); Marcha Mundial das Mulheres; Conselho Pastoral dos Pescadores; Comissão Pastoral da Terra; Cáritas; Instituto Regional da Pequena Agricultura Apropriada (IRPAA); Sindicatos de Trabalhadores Rurais; Sindicato dos Trabalhadores em Água e Esgoto no Estado da Bahia (SINDAE); Pólo Sindical de Petrolina (PE); Fórum Permanente da Bahia em Defesa do São Francisco; Conselho Indigenista Missionário (CIMI); as Frentes: Cearense por uma Nova Cultura de Água Contra a Transposição e a Paraibana Contra a Transposição; CESE; KOINONIA; Comitê Paulistano Contra a Transposição; Pastoral da Juventude do Meio Popular; Conlutas; Diretório Central dos Estudantes de Minas Gerais; Consulta Popular; Conselho dos Religiosos do Brasil (CRB); representantes de comunidades indígenas + Pipipã, Truká e Tupã, quilombolas, vazanteiros, geraiseiras, catingueiras e pescadores, entre outras.
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