Dom Luis Cappio combate pela vida com armas da paz
![](https://enconasa.asabrasil.org.br/wp-content/uploads/2025/02/destaque-ciranda-semiarido.jpg)
O jejum e oração de Dom Cappio está na origem de um movimento que se estende hoje por vários países. É o Movimento Jejum Solidário, que tem mobilizado pessoas a fazer jejum em união com Dom Cappio pela causa do Ecossistema do Rio São Francisco, que inclui as populações humanas como parte do bioma do Ganges brasileiro e também as do Semi-Árido do Nordeste. Este movimento terá uma culminação no dia 17 de dezembro, segunda-feira, quando milhares de pessoas pelo mundo afora estarão unidas no Jejum Solidário, e realizarão manifestações em várias capitais do Brasil e de outros países.
As ações do Presidente Lula revelam uma razão obscurecida e um coração empedernido. São entristecedoras, se lembrarmos as origens sociais do Presidente.
1. Declarou que um bispo não pode transformar em político um assunto “técnico”. Estamos procurando o Lula que dizia que todos os assuntos que envolvem poder e bem comum são políticos, porque envolvem decisões a favor dos interesses do povo ou das elites.
2. Declarou que entre o bispo e o povo ele fica com o povo. Declaração supreendende, já o uma grande massa de gente está com o bispo. A verdadeira opção é, entre a elite do agronegócio nordestino, dos interesses agroindustriais, siderúrgicos e portuários do Ceará, e o povo. Ficar com o povo seria a única opção sensata do Presidente.
3. Mandou carros de guerra e canhões para a região em que as obras avançam.
4. Desrespeitou a liminar da Justiça que obriga a interrupção das obras até a decisão judicial das pendências do megaprojeto.
5. Telefonou para o Vaticano, tentando fazer que o Papa use sua autoridade para contrariar a CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA de Dom Cappio e dos seus irmãos franciscanos que fazem o jejum e a oração.
6. Declarou à CNBB que não cede e não irá interromper as obras, mas que está disposto a negociar. Isto quer dizer que escolhe a morte de Dom Cappio, pensando que, morrendo ele, tudo está resolvido. Esquece que no passado nós dizíamos: se matarem o Lula, a luta continua, pois haverá milhões de Lulas levando a luta para a frente.
O movimento iniciado pela decisão altruísta de Dom Cappio é gerador de pelo menos duas forças de vigor imenso. A primeira é a riqueza de alternativas que existem para substituir o megaprojeto de transposição. O artigo de Dom Cappio, publicado pela Folha de S. Paulo em 12.12.07, apresenta as propostas afirmativas que são as mais racionais, não só do ponto de vista social e ambiental, mas também pela ótica econômica e financeira, se tomarmos como referência não a economia do grande capital, mas da Nação brasileira como um todo. Ele cita o projeto de um milhão de cisternas, promovido pela ASA – Articulação do Semi-Árido Brasileiro, e os 546 projetos da ANA – Agência Nacional das Águas, capazes de responder às necessidades hídricas de 44 milhões de nordestinos por um custo muito inferior à obra de transposição do Rio São Francisco.
“Em entrevista à Agência Brasil, José Machado (presidente da ANA) disse on