Água de qualidade para o Semi-Árido baiano
Capacitar e organizar as famílias dos Territórios do Sisal, Bacia do Jacuípe e Portal do Sertão para a aquisição de água de qualidade para o consumo humano e produção, além de apresentar a importância do uso adequado das cisternas. Esse é o objetivo das Comissões Executivas Municipais de Recursos Hídricos, que atua em 32 municípios desses territórios, através do Programa de Água e Segurança Alimentar (PASA) do MOC, que é a entidade gestora do Programa 1 Milhão de Cisternas (P1MC).
São membros das comissões representantes de entidades da sociedade civil, entre sindicatos, movimentos de mulheres, associações comunitárias e de pequenos agricultores, paróquias e outras organizações do movimento social. No período de cadastramento para construção das cisternas, as comissões selecionam as comunidades e as famílias que serão beneficiadas com a implantação do reservatório em sua propriedade. Durante as reuniões promovidas nas comunidades, as famílias aprendem como funciona o projeto e quais os critérios para receber a cisterna.
Junto à comissão, atua a Comissão Comunitária (CCOM), que é composta por três pessoas tendo, no mínimo, uma mulher no grupo. +Esta Comissão fica responsável pelo recebimento, conferência e distribuição do material de construção às famílias contempladas com a cisterna; além disso, a CCOM colabora na mobilização e realização das capacitações, reuniões, encontros e visitas de monitoramento e supervisão do processo de construção das cisternas+, conta Kamilla Santos, integrante do PASA.
Supervisão e seleção – De acordo com Eugênio Souza, presidente da APAEB de Araci, uma das cinco entidades que compõe a comissão executiva no município, as entidades integrantes das comissões acompanham constantemente os trabalhos do P1MC, desde a licitação à entrega da obra,priorizando no momento de escolha,as famílias mais necessitadas. +Obedecemos a critérios para seleção das famílias. O primeiro deles é que na propriedade não tenha água encanada. Também são escolhidas aquelas em que mulheres sejam chefes de família, que tenham em casa crianças na escola, idosos, deficientes físicos ou mentais e maior número de crianças com idade entre 0 e 6 anos+, afirma.
Até a construção da cisterna, a comissão executiva acompanha o processo de compra de materiais, gerencia recursos, licitações, prestações de contas, negocia com as famílias, fornecedores e pedreiros, além de supervisionar os equipamentos e a capacitação das famílias.
Kamilla aponta a importância do aprendizado contínuo das famílias que são beneficiadas pela cisterna. +Com a participação em capacitações, as famílias aprendem a tratar e cuidar da água e dos equipamentos construtivos, passando a entender melhor o processo de convivência com a Região Semi-árida, como uma questão de política pública+, explica.
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