Semi-Árido paraibano festeja o lançamento do P1+2
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A Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) lançou, ontem pela manhã (17), na comunidade Lajedo de Timbaúba, no município de Soledade, cariri paraibano, o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2). Participaram do lançamento cerca de 250 pessoas, entre agricultores e agricultoras de cinco estados do Semi-Árido (AL, PB, PE, CE e RN), autoridades locais, representantes da ASA e parceiros.
Para a agricultora Joelma da Silva, de Cumaru, em Pernambuco, o lançamento do P1+2 representa uma nova perspectiva de vida para o povo do Semi-Árido. +São iniciativas como essa que nos estimulam a continuar na região. A gente sabe que o trabalho no Semi-Árido não é fácil, mas é possível, principalmente quando você tem alternativas de captação de água com as que serão multiplicadas pelo P1+2+.
O discurso de Joelma foi comprovado pelos participantes do evento. Três experiências com barragem subterrânea, entre elas a do agricultor Afonso Arruda, foram apresentadas. Da terra que antes só tinha xique-xique, macambira e sisal, hoje brotam macaxeira, manga, acerola, feijão guandu, entre outros alimentos que servem para o consumo da família. +Essa terra é rica. É só ter água, que tudo dá. Já fazem mais de trinta dias que não chove aqui na região e sem minha barragem não sei como seria+, conta o agricultor.
Os agricultores e agricultoras também compartilharam suas experiências numa feira de saberes e sabores. O agricultor Vitorino Macedo aproveitou o espaço para falar sobre a sua experiência com Banco de Sementes. +Esse foi o primeiro banco da comunidade. Ele existe há 24 anos e trinta famílias estão envolvidas. Através dele conseguimos diversificar a nossa produção, o que beneficia todos nós+, explica.
Para Lenart Nascimento, coordenador de Tecnologias Sociais da Petrobras, a importância do P1+2 está em garantir água para produção de forma descentralizada, possibilitando a fixação do homem no campo, com garantia de boa alimentação e, em alguns casos uma renda extra.
O presidente da Fundação Banco do Brasil, Jacques Pena, acredita que através do P1+2, as tecnologias sociais serão disseminadas e ampliadas nacionalmente e, para que isso ocorra, a parceria com a ASA é fundamental. +Quando estamos falando de Semi-Árido e de aplicação em escala de tecnologia social, a ASA, na nossa visão, otimiza esse processo e faz com que ele tenha maiores possibilidades de sucesso+, diz.
O foco do P1+2 é discutir a produção de alimentos no Semi-Árido, a partir do acesso e manejo sustentáveis da terra e da água e, com isso, promover segurança alimentar e geração de renda aos pequenos agricultores familiares.
Nesta primeira etapa, que vai até dezembro deste ano, serão beneficiadas 818 famílias de 10 estados do Semi-Árido (AL, BA, CE, MA, MG, PB, PE, PI, RN, SE), através da sistematização, intercâmbio e implementação de 144 tecnologias de captação da água da chuva como tanque de pedra (caldeirão), barragem subterrânea, cisterna calçadão e barreiro trincheira (caxio).
O projeto piloto est&aac