Projeto Cisternas nas Escolas capacita com foco na educação contextualizada

Uma escolarização sensível às necessidades dos educandos, pautada a partir de temas locais. Este assunto foi discutido nesta terça (13) e quarta (14), em Salvador, durante seminário que reuniu educadores de onze municípios do semiárido baiano. A ação faz parte do Projeto Cisternas nas Escolas, desenvolvido pelo Centro de Assessoria do Assuruá (CAA), governos estadual e federal.
O objetivo é valorizar, cada vez mais, o papel social dos profissionais da área de educação e envolvê-los no desafio de consolidar práticas educacionais contextualizadas com a vivência no semiárido. “A escola precisa impulsionar o desenvolvimento da região”, disse a pedagoga Edneuza Souza, do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa), entidade que coordenou as atividades.
O coordenador do Cisternas nas Escolas, Ademário Costa, destacou os esforços da sociedade civil organizada na tentativa de mudar a imagem negativa que por muitos anos foi propagada sobre o semiárido. “O entendimento era que nada iria dar certo”, comentou.
Os educadores observam com entusiasmo as experiências positivas desenvolvidas nas comunidades sertanejas. A professora Rita de Cássia Souza, do município de Chorrochó, atesta o bom momento vivido por muitas localidades da zona rural. “O projeto Cisternas nas Escolas é uma ação inovadora na comunidade e entusiasma a população. Está influenciando do ponto de vista social, econômico e cultural”, comentou, lembrando da expectativa dos moradores pela conclusão das hortas escolares e utilização das cisternas, principais iniciativas do projeto.
“Percebemos uma evolução no trabalho dos educadores. Eles se aproximaram mais das comunidades e da realidade local”, complementou Célia Maria Guedes, coordenadora pedagógica de Oliveira dos Brejinhos, onde seis escolas são atendidas pelo Projeto Cisternas nas Escolas.