No Semiárido baiano, 33 famílias da mesma comunidade rural recebem cisternas-calçadão

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Depois das cisternas de armazenamento de água da chuva para consumo humano, 33 famílias agricultoras da comunidade de Genipapo, na zona rural do município de Ipirá, na Bahia, vão receber cisternas-calçadão que potencializam a produção da agricultura familiar e a criação de animais de pequeno porte na região semiárida brasileira. As tecnologias estão sendo implementadas através do Programa Uma Terra Duas Águas (P1+2), da Articulação Semiárido (ASA).

As famílias que vão ter as cisternas-calçadão no quintal de casa participam do curso
“Manejo de Sistema Simplificado de Água para Produção (Sisma)”, no qual elas se formam e informam sobre o uso adequado da água, da terra, insumos e defensivos orgânicos. A capacitação, realizada pela Cáritas Regional Nordeste 3 e apoio da comissão municipal da ASA, tem duração de três dias. O conteúdo vai desde a apresentação geral da ASA, suas tecnologias de convivência com o Semiárido, ações da rede até questões como segurança alimentar e acesso à água na comunidade. Na programação do curso, está prevista uma aula prática de compostagem da terra.

Entre os momentos do curso, a monitora Diana Silva destaca a dinâmica do desenho em grupo, quando os agricultores e agricultoras mostram como está sua terra e como imaginam e querem que sua propriedade fique após a chegada da cisterna de produção. “Esses desenhos revelam sonhos”, destaca ela.

Numa região de costume patriarcal e cultura machista, a presença feminina é destaque na formação, lembrando um dos cantos de Luiz Gonzaga: “Sertão das mulher forte, e dos homem trabalhador.”

Agnaldo Rocha, coordenador técnico do P1+2 na região, acredita que quando se garante à família estrutura para armazenar água e alimento com qualidade, guardando tudo aquilo o que a natureza dá, é possível falar em novas oportunidades para o Semiárido.

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