Cedasb e Isfa aprimoram coletivamente roteiro dos cursos de Gapa e Sisma
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Participantes da oficina. Foto: Georgetown Marinho |
O Centro de Convivência e Desenvolvimento Agroecológico do Sudoeste da Bahia (Cedasb) e o Instituto de Formação Cidadã São Francisco de Assis (Isfa) promoveram um encontro de monitores dos cursos de Gestão de Água para Produção de Alimentos (Gapa) e Manejo de Sistema Simplificado de Água para a Produção (Sisma), no início deste mês. A oficina teve o objetivo de avaliar, trocar experiências e aprimorar os roteiros destas capacitações.
Durante o encontro, a equipe técnica das duas instituições e os monitores discutiram a elaboração de um roteiro para os cursos, organizando todos os elementos já trabalhados pelos monitores nas capacitações de Gapa e Sisma. Questões relativas à metodologia e temáticas foram abordadas, a exemplo dos canteiros econômicos, sua montagem e manejo da terra, além da valorização da consciência das famílias sobre a importância da tecnologia social conquistada e de como fazer o melhor uso dela.
Os cursos de Gapa e Sisma buscam o protagonismo das famílias através de sua formação, possibilitando que elas garantam a sua segurança alimentar e adquiram autonomia, a partir da conquista de tecnologias sociais como a cisterna de produção e o barreiro trincheira.
As capacitações representam a continuação do processo de formação iniciado na mobilização das famílias que terão acesso às tecnologias de captação e armazenamento de água da chuva. As reflexões e troca de conhecimentos sobre as tecnologias, o manejo da terra adequado ao Semiárido e as novas possibilidades de produção fortalecem o ânimo de agricultoras e agricultores em semear a agricultura familiar sem uso de veneno no seio de sua comunidade.
Para Vitória Miriane, monitora do curso de Gestão em Recursos Hídricos (GRH) e em breve também monitora de Sisma, “a capacitação promove o despertar da família e automaticamente da comunidade beneficiada para o convívio social e comunitário que vai muito além da construção da cisterna que é um elemento fundamental do acesso às políticas públicas. As famílias saem do curso com muitos sonhos e, destes, muitos serão realizados”.
Simone Martins, assessora pedagógica do Cedasb, acredita que “o papel dos monitores e monitoras é de serem educadores e porta-vozes dos projetos os quais representarão em campo. Além disso, eles são instrumentos de transformação social. Para isso, são capacitados pela instituição a fim de desempenhar seu papel de maneira significativa. Com este espírito, eles são inseridos nas comunidades beneficiadas percebendo, valorizando e despertando as potencialidades dos agricultores e agricultoras do nosso Semiárido”.
Os cursos de Gapa e Sisma são instrumentos de formação e construção coletiva do conhecimento previstos na metodologia do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da ASA. As capacitações também foram adotadas pelo Projeto Mais Água, do Governo da Bahia, que é realizado em parceria com as instituições da ASA Bahia, entre elas o Cedasb.