Agricultores pernambucanos compartilham experiências em curso de GAPA

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Agricultores exercitam um olhar sobre a propriedade / Foto: Ylka Oliveira – ASACom

“Eu saio desse encontro sabendo mais como conservar a natureza e cuidar da água da cisterna”, definiu João Cabral, um dos 20 agricultores familiares do agreste pernambucano que se reuniram, durante três dias, para discutir como melhor usar a água para a agricultura familiar. O curso, chamado Gerenciamento de Água para Produção de Alimentos (GAPA), aconteceu de 11 a 13 de junho em Santa Maria do Cambucá e foi realizado pelo Centro Sabiá, organização que compõe a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA).

Durante a formação, os produtores e produtoras rurais puderam participar de dinâmicas e trocar informações sobre a manutenção das cisternas, a melhor utilização da água para beber e para cuidar da casa, bem como tirar dúvidas a respeito do uso da água para plantação. Visitaram, ainda, a propriedade de Lenilde Maria da Conceição, que já conta com uma cisterna-calçadão e, a partir dessa conquista, mantém horta e frutíferas, além de criar de galinhas para consumo próprio e da família.

“O interessante desses cursos é que muitas pessoas moram na mesma comunidade, mas só se conhecem melhor nesses momentos, passando a ter uma relação que é maior do que a construção das cisternas”, explica Fabiana de Lima, facilitadora do curso.

Segunda Água –
A capacitação é voltada para que famílias que já conquistaram a primeira cisterna (a da água de beber, conhecida como primeira água) possam se organizar para garantir novas tecnologias sociais, voltadas para a produção de alimentos e criação de animais (a segunda água).

Além de discutir sobre a prática da implantação da tecnologia em si, os participantes debateram seus direitos e responsabilidades quanto à implementação das cisternas, como a possibilidade de construção coletiva, em regime de mutirão, apoiando os pedreiros capacitados para esse fim.

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