Representantes da PepsiCo visitam experiências da ASA

Instituto vai investir R$ 3,5 milhões na construção de tecnologias de convivência com a região
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Um grupo de representantes da PepsiCo Brasil visitará nesta quarta-feira (16) duas famílias do Semiárido baiano acompanhas pela Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA), através do Movimento de Organizacão Comunitária (MOC), em Feira de Santana. Uma delas é a família de Abelmanto Carneiro de Oliveira, um agricultor experimentador que graças às tecnologias convivência com a região tem conseguido superar com menos dureza as consequências da seca, a maior dos últimos 30 anos no Nordeste.

Abelmanto demostrou sua bomba malhação durante o I Encontro de Agricultores Experimentadores da ASA, realizado em 2009

O grupo também vai ter a oportunidade de conhecer outra realidade, a de uma família que começando agora e por isso tem bem mais dificuldades de conviver com a região. A comitiva é formada pela presidente de Bebidas da PepsiCo Brasil, Andrea Alvares, pelo diretor de Vendas de Bebidas, João Paulo Lucena, pelo diretor de Assuntos Corporativos, Marcos Freire, e pela diretora executiva do Instituto PepsiCo do Brasil, Claudia Pires.

Abelmanto reside no município de Riachão do Jacuípe, a 180 km da capital Salvador. A experiência do agricultor chama atenção pelo fato de estar conseguindo plantar alimentos, produzir mel e até aumentar o rebanho em plena época de estiagem. A situação dele se difere de muitos outros agricultores graças às tecnologias de convivência com a região que possui: uma cisterna de 16 mil litros, que acumula água da chuva destinada ao consumo humano (beber e cozinhar), uma cisterna-calçadão de 52 mil litros, que permite ao agricultor plantar pequenas hortas e matar a sede dos animais, e uma barragem subterrânea, outra tecnologia utilizada na produção de alimentos.

Ele também tem um biodigestor, construído por ele mesmo após um intercâmbio de experiência. Outra experiência inovadora desenvolvida por Abelmanto é a chamada bomba malhação, que recebe esse nome porque o agricultor precisa fazer um movimento nos braços para ela funcionar. Feita de tubos de PVC, garrafa pet e borracha, a bomba leva água para a propriedade através de canetas que molham até cinco metros de diâmetro.

A Pepsico Brasil vai investir nos próximos três anos cerca de R$ 3,5 milhões em ações de convivência com o Semiárido, através de uma parceria com a ASA. Os recursos serão destinados para construção de 150 cisternas-calçadão e 10 cisternas escolares, envolvendo cinco entidades, além de capacitações, visitas de intercâmbios, sistematização e encontros comunitários, municipais e territoriais.

Para Valquiria Smith, coordenadora da ASA pelo estado de Minas Gerais, a parceria com a Pepsico representa uma iniciativa nova que a rede está apostando como possibilidade de fortalecimento das ações de Convivência com o Semiárido. “Cada vez que multiplicamos apoios para a segunda água reafirmamos nossa intenção que toda família da região possa ter uma água de consumo e uma água de produção, que são vitais para a melhoria da qualidade de vida das famílias sertanejas. Além disso estaremos também fortalecendo a ação com as cisternas nas escolas, a água de educar”, enfatiza Valquíria.

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