Experiência de ação comunitária é visitada durante intercâmbio no Norte de Minas
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Moradores das comunidades rurais de Sambaíba, Santo Antônio do Borrachudo, Sumidouro e Macaúbas, que ficam nos municípios mineiros de Januária e Bonito de Minas, participaram de um intercâmbio comunitário realizado pela Cáritas Regional Minas Gerais, nos dias 15 e 16 de março.
Os participantes foram até a comunidade de Barra do Pequi, no município de Chapada Gaúcha, para conhecer a Associação Comunitária Mãe Ana (Acoma). Fundada em 1996 e possuindo hoje mais de 200 associados, a Acoma desenvolve ações de convivência com o Semiárido, como a construção de cisternas de captação de água da chuva e de cisternas-calçadão para armazenar a água da chuva para produção de alimentos.
A associação também tem ajudado os moradores da comunidade na aquisição de documentos, pois muitas pessoas que não possuíam nem a certidão de nascimento. Da mesma forma, contribuiu para que várias comunidades tradicionais possam conseguir a documentação necessária ao reconhecimento, como é o caso da comunidade quilombola de São Felix.
“Gostei muito da perseverança e da força de vontade que eles têm de conseguir as coisas, a persistência de correr atrás dos objetivos. Na minha comunidade a gente tinha de ter isso, perseverança de alcançar nossos objetivos”, afirmou Aurenice, moradora de Bonito de Minas, depois de conhecer a experiência da Acoma.
A Associação ainda contribuiu na construção de uma sede para a Escola Família Agrícola de Tabocal (EFA Tabocal), na reforma das casas da comunidade, na implantação de uma biblioteca comunitária e de uma Casa Digital, com computadores, cursos e internet para toda comunidade. Tem estimulado também o trabalho de grupos de bordadeiras, de apicultura e de artesanato. A Acoma realiza ainda ações como o Festival de Convivência com o Semiárido e o Natal Solidário.
INTERCÂMBIO
O intercâmbio comunitário é um momento dentro do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) da Articulação do Semi-Árido (ASA). A Cáritas Regional Minas Gerais é uma das 26 entidades que executam o projeto. A atividade busca fomentar que as comunidades conheçam experiências concretas construídas por iniciativa de outras vizinhas, valorizando o conhecimento popular e mostrando possibilidades de desenvolvimento solidários e sustentáveis.