“Encontro de Sementes da Fartura é um marco para o Piauí”, afirma Carlos Humberto

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Carlos Humberto ministrou a palestra Agricultura Familiar x Agronegócio             Foto: Paula Andreas

O Coordenador Executivo da Articulação no Semi-Árido (ASA) pelo estado do Piauí, Carlos Humberto, participou do I Encontro de Sementes da Fartura realizado em Pedro II, na última sexta-feira (9). O encontro teve como objetivo possibilitar uma discussão sobre a importância do resgate e preservação do patrimônio genético vegetal do Semiárido e estimular a criação de bancos de sementes nas comunidades rurais na busca de proporcionar segurança nutricional e soberania alimentar para as famílias agricultoras.

Mais de 50 pessoas entre agricultores familiares, representantes das comissões municipais, secretários municipais de agricultura e sindicatos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais dos municípios de Pedro II, Lagoa do São Francisco, Milton Brandão, Juazeiro e Domingos Mourão participaram do encontro.

Carlos Humberto destacou o evento como marco na história do Piauí, ao mobilizar cinco sindicatos, comissões municipais, secretários de agriculturas e famílias agricultoras para discutir e viabilizar a organização das casas de sementes da fartura no Piauí.  Para ele, trabalhar os bancos de sementes nas comunidades é fortalecer a agricultura familiar. “Temos que dar apoio, investir, incentivar. Assim, nós fortalecemos a agricultura familiar e trabalhamos na perspectiva de lutar para que de fato os agricultores tenham acesso à água, acesso à terra e a sementes de qualidade”, destaca o coordenador.

Durante o evento, Carlos Humberto ministrou a palestra Agricultura Familiar X Agronegócio, em que apontou este como um projeto maléfico em vários aspectos. Para o coordenador, a agroecologia se apresenta com uma solução.

Ouça um trecho da entrevista de Carlos Humberto sobre os desafios da agricultura familiar *

O encontro também possibilitou que os agricultores trocassem experiências e informações sobre as sementes da região e a importância dos bancos comunitários. Cada agricultor/a levou alguma semente de sua região como feijão aparecido, piauí, cojó, damião, pingo de ouro, boi deitado, joão alves, esperança, milho dente de burro, fava de milho, além das sementes nativas como mastruz, imburana, fumo, coronha, catingueira dentre outros.

Na dinâmica final do encontro, os participantes se prontificaram a iniciar a discussão sobre a criação dos bancos comunitários com os demais agricultores nas comunidades. O Centro Regional de Assessoria e Capacitação (Cerac), que idealizou o evento, vai oferecer apoio técnico e fornecerá modelos de documentos, como fichas de controle de estoque para auxiliar na gestão dos bancos comunitários das sementes da fartura.

* Caso não consiga ouvir a entrevista, clique aqui.

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